Pular para o conteúdo principal

Indução VI

Real Analysis - Capítulo Zero

Real Analysis - Capítulo Zero

Fernando Francisco de Sousa Filho

25/11/2013

Exercicio: Encontre todos os valores naturias de n tais que n2 < 2n
Vamos começar identificando um valor para n, por tentativa e erro. Assim, fazendo n = 4 teremos 16 < 16 e que para n = 5 teremos 25 < 32. Tudo indica que estes valores de n serão {1, 2, 3}, mas, para nos certificarmos, teremos de provar que n2 < 2n para n > 4, visto que, para n = 4 já verificamos que ocorre a igualdade. Vamos então provar, usando a indução, que, para n > 4, esta relação permanece verdadeira.
Prova:
(I) Para n = 5, já verificamos.
(II) Consideremos válido para n > 5. Então, vamos verificar se vale para n + 1, ou seja, vamos verificar a seguinte implicação:
n2 < 2n ⇒ (n + 1)2 < 2(n + 1)
Começando por nossa hipótese, podemos completar o quadrado do primeiro membro. Temos, então, que
n2 + 2n + 1 < 2n + 2n + 1 ⇒ 
(n + 1)2 < 2n + 2n + 1
Entretanto, para n > 5 é fácil ver que 2n + 1 < 2n, ou seja, temos que
(n + 1)2 < 2n + 2n + 1 < 2n + 2n ⇒ 
(n + 1)2 < 2n + 1

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O conjunto das raízes quadradas de 2 por falta não possui máximo

O conjunto das raízes quadradas de 2 por falta não possui máximo O conjunto das raízes quadradas de 2 por falta não possui máximo Fernando Francisco de Sousa Filho 05/07/2016 Exercício: Prove que o conjunto E das raízes quadradas de 2 por falta não tem máximo. Seja r um número tal que r ²  < 2 . Temos de mostrar que, qualquer que seja o número r , existe um outro número s tal que ⎧ ⎨ ⎩ r  <  s      r ²  <  s ²  < 2  A ideia inicial é tomarmos s  =  r  +  ( 1 )/( n ) , com n  ∈ ℕ , n  > 0 . Fazendo assim, garantimos que teremos r  <  s . Vamos, então, procurar determinar, dado um r qualquer com r ²  < 2 , um valor de n de tal forma que r ²  <  s ²  < 2 . Agora, tanhamos fé... s ²  =  r ²  +  ( 2 r )/( n )  +  ( 1 )/( n ² )  < 2 Desenvolvendo a inequação, temos: r ²  +  ( 2 r )/( n )  +  ( 1 )/( n ² )  < 2 ⇒  r ²  +  ⎛ ⎝ 2 r  +  ( 1 )/( n ) ⎞ ⎠ ( 1 )/( n )  < 2 Aqui entra um ponto importante...

Curso de Análise (Elon) - Cap. 3 Questão 4

Capítulo 3 - Questão 4 Livro Curso de Análise - Vol.1 - Elon Capítulo 3 - Questão 4 Fernando Francisco de Sousa Filho 12 de novembro de 2013 Sejam K ,  L corpos. Uma função f : K  →  L chama-se um homomorfismo quando se tem f ( x  +  y ) =  f ( x ) +  f ( y ) e f ( x ⋅ y ) =  f ( x )⋅ f ( y ) , quaisquer que sejam x ,  y  ∈  K . i) Dado um homomorfismo f : K  →  L , prove que f (0) = 0 . Prova : f (0) =  f (0 + 0) =  f (0) +  f (0) ⇒  f (0) = 2 f (0) . Se f (0) ≠ 0,  pela lei do corte, chegamos a 1 = 2 (Absurdo!). Logo, f (0) = 0 . ■ ii) Prove também que ou f ( x ) = 0 para todo x  ∈  K ou então f (1) = 1 e f é injetiva. Prova : Suponhamos f ( x ) = 0 para todo x  ∈  K , então teremos a) f ( x  +  y ) = 0 , mas f ( x  +  y ) =  f ( x ) +  f ( y ) = 0 + 0 = 0. b) f ( xy ) = 0 , mas f ( xy ) =  f ( x )⋅ f ( y ) = 0⋅0 = 0 . Logo, confirma-se a primeira possibilidade. Vamos mostrar, então, que, se f (1) ≠ 0 então f (1) = 1 .Suponhamos f (1...